Powered By Blogger

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ministério da Educação estuda propostas para alterar o currículo do ensino médio

Para tentar adaptar o currículo das escolas às necessidades dos alunos, o Ministério da Educação estuda um novo modelo de ensino, em que as atuais 13 disciplinas serão distribuídas em apenas 4 grandes áreas: ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática.

A população também pode dar sugestões sobre a reformulação por meio da comunidade virtual criada pelo e-Democracia.
Para a diretora de currículos e educação integral do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, a mudança no ensino médio deve ajudar o processo de aprendizagem. “Hoje nós temos um exercício muito grande de memorização dos estudantes, isso acaba tendo poucos resultados na capacidade de resolver problemas, de construir conhecimentos. O esforço é de ressignificar o currículo, fazendo com que o saber aprendido na escola tenha sentido na vida deles. Ajude a compreender o mundo em que estão inseridos. Ajude a se autocompreender no mundo”.
“O currículo deve ser reflexivo e crítico, tem que fazer sentido para a vida cotidiana dos alunos”, acrescenta o diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro/DF), Rodrigo Rodrigues.
Na Câmara, uma comissão especial estuda os novos modelos de ensino médio possíveis para o País. O objetivo é propor um projeto de lei sobre o assunto.
Habilidades
Outra proposta sugerida por especialistas é a diferenciação do currículo escolar de acordo com as habilidades e preferências dos estudantes, nos moldes do que ocorre em outros países, como a França. Na prática, os alunos poderiam escolher disciplinas específicas em que focariam seus estudos, sempre tendo em vista seus interesses pessoais e a profissão que pretendem seguir.
A intenção não é retirar conteúdos, explica Remi Castioni, professor da faculdade de Educação da Universidade de Brasília. “A formação terá que abranger todos os componentes curriculares, inclusive matemática, física, química e biologia, mas em algumas [disciplinas] haverá ênfase maior.”
“Alunos que têm interesse em humanidades, em literatura, em história, por exemplo, não vão deixar de fazer uma ou outra disciplina de matemática. Eles, no entanto, vão fazer muito mais cursos de história, de literatura, de história do pensamento. Não é uma exclusão, é uma ênfase em certas áreas”, explica o especialista em Educação e doutor em economia Claudio de Moura Castro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário