O MEC está a dar instruções às escolas para suspenderem os cursos de
Educação e Formação de Adultos (EFA). As escolas das regiões centro e
norte já foram contactadas nesse sentido pelas respectivas direcções
regionais de educação, mas a informação ainda não chegou aos
estabelecimentos da zona de Lisboa, segundo indicaram ao PÚBLICO alguns
directores desta região.
Em resposta a questões do PÚBLICO, o gabinete de comunicação do MEC
esclareceu que estes cursos “passarão a ser promovidos sempre que
possível em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional”
e que “as instruções para não iniciar ainda os EFA têm como objectivo
concluir os respectivos protocolos” com o IEFP. O MEC garante que “não
está em causa a abertura das turmas já aprovadas”.
Os directores não foram ainda informados de quais as razões para a
suspensão. “No início da semana recebemos instruções para parar tudo até
novas instruções”, revelou o director do agrupamento de escolas de
Cinfães, Manuel Pereira, que depende da Direcção Regional de Educação do
Norte. O também presidente da Associação Nacional de Dirigentes
Escolares esclarece que o seu agrupamento teve aprovação do ministério
para abrir este ano lectivo cinco novas turmas EFA de dupla certificação
(escolar e profissional) nas quais estão inscritos 120 adultos.
O blogue A Educação do Meu Umbigo divulgou na sexta-feira uma
circular assinada pela directora regional de Educação do Centro,
Cristina Oliveira, a convocar os directores desta zona para uma reunião
no próximo dia 25 “a fim de transmitir orientações relativas ao
funcionamento dos cursos EFA”. Mas na mesma circular aquela responsável
antecipa o seguinte: “Aproveito para informar que os cursos EFA
previstos para abrir no presente ano lectivo não deverão iniciar e os
cursos EFA que, eventualmente, possam já ter iniciado, deverão ser
suspensos, até novas orientações.”
EculturAÇÃO
EDUCAÇÂO + CULTURA = AÇÃO
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Pesquisa aponta pequenos avanços na educação
Apesar dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios) 2011, divulgada na última sexta-feira pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontarem
pequenos avanços na área de educação, a melhoria é muito lenta para o
patamar de qualidade em que o Brasil se encontra.
A opinião é da diretora executiva do TEM (Movimento Todos pela Educação), Priscila Cruz, advogada que atua na defesa da educação de qualidade há dez anos. Segundo ela, o critério usado pelo IBGE para definir analfabetismo não leva em conta o nível de proficiência dos alunos em leitura e escrita.
“Alfabetização é muito mais do que escolarização. O IBGE olha os jovens e adultos com mais de 15 anos, aqueles que têm quatro anos ou mais de escolaridade já é considerado alfabetizado. Mas como a gente tem uma qualidade de educação muito ruim no Brasil, o que acontece é que tem muita criança de 11, 12 anos, jovem que está no ensino médio com 15, 17 anos, que ainda é analfabeto. Infelizmente isso ainda é uma realidade no nosso país”, explica Priscila.
A opinião é da diretora executiva do TEM (Movimento Todos pela Educação), Priscila Cruz, advogada que atua na defesa da educação de qualidade há dez anos. Segundo ela, o critério usado pelo IBGE para definir analfabetismo não leva em conta o nível de proficiência dos alunos em leitura e escrita.
“Alfabetização é muito mais do que escolarização. O IBGE olha os jovens e adultos com mais de 15 anos, aqueles que têm quatro anos ou mais de escolaridade já é considerado alfabetizado. Mas como a gente tem uma qualidade de educação muito ruim no Brasil, o que acontece é que tem muita criança de 11, 12 anos, jovem que está no ensino médio com 15, 17 anos, que ainda é analfabeto. Infelizmente isso ainda é uma realidade no nosso país”, explica Priscila.
Fernandes garante 30% do orçamento em educação durante comício
Na medida em que vão se aproximado das eleições, os candidatos à
prefeitura visam mudar suas estratégias de campanha. Com o peessedebista
Fernando Fernandes não foi diferente. Na manhã deste sábado, dia 22 de
setembro, o ex-prefeito participou de comícios com os partidos que
compõe a coligação “Dias Melhores Virão”, em dois bairros: Parque Laguna
e Marabá.
“Nós temos pouco tempo de campanha. Agora, temos duas semanas. Então, a gente queria chegar em mais lugares da cidade. Chegar com mais força em mais lugares e ai o comando da campanha achou por bem nós fazermos alguns comícios, em pontos estratégicos da cidade, para que nossa campanha pudesse chegar em todos os cantos da cidade”, disse Fernandes.
“Nós temos pouco tempo de campanha. Agora, temos duas semanas. Então, a gente queria chegar em mais lugares da cidade. Chegar com mais força em mais lugares e ai o comando da campanha achou por bem nós fazermos alguns comícios, em pontos estratégicos da cidade, para que nossa campanha pudesse chegar em todos os cantos da cidade”, disse Fernandes.
Dados da Pnad não representam a realidade da educação, diz especialista
Rio
de Janeiro – Apesar dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) 2011, divulgada na última sexta-feira (21) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontarem
pequenos avanços na área de educação, a melhoria é muito lenta para o
patamar de qualidade em que o Brasil se encontra.
A opinião é da diretora-executiva do Movimento Todos pela Educação (MTE), Priscila Cruz, advogada que atua na defesa da educação de qualidade há 10 anos. Segundo ela, o critério usado pelo IBGE para definir analfabetismo não leva em conta o nível de proficiência dos alunos em leitura e escrita.
“Alfabetização é muito mais do que escolarização. O IBGE olha os jovens e adultos com mais de 15 anos, aqueles que têm quatro anos ou mais de escolaridade já é considerado alfabetizado. Mas como a gente tem uma qualidade de educação muito ruim no Brasil, o que acontece é que tem muita criança de 11, 12 anos, jovem que está no ensino médio com 15, 17 anos, que ainda é analfabeto. Infelizmente isso ainda é uma realidade no nosso país”, explica Priscila.
Ela disse que uma das metas do MTE é que toda criança esteja plenamente alfabetizada aos 8 anos de idade, o que não ocorre atualmente. “A Prova ABC (uma parceria da ONG Todos pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostrou que, das crianças de 8 anos no Brasil, só metade é plenamente alfabetizada. É um dado bem diferente do IBGE. É diferente fazer a prova e testar ou perguntar quantos anos de estudo tem e ela ser considerada alfabetizada”.
A opinião é da diretora-executiva do Movimento Todos pela Educação (MTE), Priscila Cruz, advogada que atua na defesa da educação de qualidade há 10 anos. Segundo ela, o critério usado pelo IBGE para definir analfabetismo não leva em conta o nível de proficiência dos alunos em leitura e escrita.
“Alfabetização é muito mais do que escolarização. O IBGE olha os jovens e adultos com mais de 15 anos, aqueles que têm quatro anos ou mais de escolaridade já é considerado alfabetizado. Mas como a gente tem uma qualidade de educação muito ruim no Brasil, o que acontece é que tem muita criança de 11, 12 anos, jovem que está no ensino médio com 15, 17 anos, que ainda é analfabeto. Infelizmente isso ainda é uma realidade no nosso país”, explica Priscila.
Ela disse que uma das metas do MTE é que toda criança esteja plenamente alfabetizada aos 8 anos de idade, o que não ocorre atualmente. “A Prova ABC (uma parceria da ONG Todos pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostrou que, das crianças de 8 anos no Brasil, só metade é plenamente alfabetizada. É um dado bem diferente do IBGE. É diferente fazer a prova e testar ou perguntar quantos anos de estudo tem e ela ser considerada alfabetizada”.
IBGE não sabe o motivo de jovens estudarem menos
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) realizada em
2011 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela
um aumento na proporção de jovens que não estudam e não trabalham no
País. Em 2009, 85,2% da população de 15 a 17 anos frequentava a escola.
Dois anos depois, o porcentual caiu para 83,7%, interrompendo uma
tendência de crescimento da taxa de escolarização nessa faixa etária
verificada desde 2005.
O número absoluto de estudantes de 15 a 17 anos manteve-se estável em 8,8 milhões de 2009 para 2011, apesar do aumento da população nesse grupo no período. A explicação para a queda da taxa de escolarização entre os jovens não é a ida para o mercado de trabalho formal, diz a gerente da pesquisa, Maria Lucia Vieira. Segundo a Pnad, os jovens de 15 a 17 anos representavam 3,1% da população ocupada no País em 2009, participação que caiu para 2,8% em 2011, uma variação negativa de 11,1%. Em termos absolutos, houve uma diminuição no período de 319 mil pessoas dessa faixa etária trabalhando.
— Não conseguimos investigar exatamente a causa, mas a princípio eles não trabalham e não estudam.
Para o economista Cláudio Moura Castro, a queda da taxa de escolarização entre os jovens reflete uma "crise no ensino médio".
— A matrícula está caindo porque o médio é muito ruim, é chato. As pessoas desanimam. A explicação consensual é que se trata muito mais de uma expulsão do médio do que atração pelo mercado de trabalho.
O número absoluto de estudantes de 15 a 17 anos manteve-se estável em 8,8 milhões de 2009 para 2011, apesar do aumento da população nesse grupo no período. A explicação para a queda da taxa de escolarização entre os jovens não é a ida para o mercado de trabalho formal, diz a gerente da pesquisa, Maria Lucia Vieira. Segundo a Pnad, os jovens de 15 a 17 anos representavam 3,1% da população ocupada no País em 2009, participação que caiu para 2,8% em 2011, uma variação negativa de 11,1%. Em termos absolutos, houve uma diminuição no período de 319 mil pessoas dessa faixa etária trabalhando.
— Não conseguimos investigar exatamente a causa, mas a princípio eles não trabalham e não estudam.
Para o economista Cláudio Moura Castro, a queda da taxa de escolarização entre os jovens reflete uma "crise no ensino médio".
— A matrícula está caindo porque o médio é muito ruim, é chato. As pessoas desanimam. A explicação consensual é que se trata muito mais de uma expulsão do médio do que atração pelo mercado de trabalho.
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