A adaptação, que deve ser divulgada após o fim da greve, será necessária para atender os 200 dias letivos exigidos por lei
Quando
a greve acabar, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) deve divulgar
um novo calendário escolar para a reposição das aulas da rede estadual
que ficaram prejudicadas com a greve dos professores. A adaptação será
necessária para atender os 200 dias letivos exigidos por lei.
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, os alunos do 3º ano terão calendário especial e uma equipe da SEC já atua na elaboração do novo cronograma. De acordo com o professor Anderson Silva, integrante do comando de greve, os professores também devem participar da elaboração do novo calendário. “A reposição vai acontecer como sempre e o conteúdo trabalhado será o mesmo. Preliminarmente, devemos usar os sábados e parte do recesso junino, a depender de quanto tempo a greve prossiga”, sinaliza.
A doutora em Educação e professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifba – antigo Cefet) Telma Brito defende que o novo calendário deve ser elaborado de forma coletiva, inclusive com as famílias. “É uma questão delicada e deve ser discutida entre todas as partes que compõem uma escola. Não são só os professores e a secretaria, mas as famílias também devem referendar o novo cronograma”, defende. A especialista, no entanto, chama a atenção de que essa não será uma tarefa fácil. “Será um ano atípico. É provável que os alunos tenham que estudar durante as férias deste ano e do próximo, além dos sábados e domingos. Vai ser difícil restabelecer a normalidade sem trazer outros prejuízos”, adverte.

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